Fundamento

Fundamento
O Templo Portais de Umbanda se fundamenta através da crença em um único Deus, na manifestação dos espíritos guias e no PoderDivino dos Sagrados Orixás.Os fundamentos de assentamentos, preparos de firmezas são passados pelo Caboclo Ubiratã, Pai espiritual do Templo e pelo Exú Mangueira e Pombagira Maria Padilha, grandes guardiões da religião de Umbanda!
Acreditamos na importância de todas as vertentes da religião, respeitamos todos os ensinos que valorizam e enaltecem a umbanda. Somos contra o preconceito, contra o mau uso da espiritualidade, bem como contra aqueles que
querem ser donos da religião. Aqui neste blog serão colocados os dias de gira, bem como alguns preparos aos médiuns do Templo!

ATENÇÃO!!!

O Templo Portais de Umbanda, na figura de seu
Presidente e Sacerdote, Pai Ortiz Bèllo, comunica que por virtude das manifestações políticas contra a religião de Umbanda, e pela responsabilidade perante a religião, ele passa a estar à disposição política.
O intuito é lutar contra a intolerância, unir Sacerdotes que estejam preocupados em elevar o nome da Umbanda, entre outros.


portaisdeumbanda@terra.com.br



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

História na Umbanda - Pai Ortiz Belo de Souza


ORTIZ BELO DE SOUZA – Sacerdote Umbandista – 42 anos



Você nos contou que já nasceu em berço umbandista. Gostaria que você nos falasse sobre a sua família.

Ortiz:  Nasci em São Paulo em 1969, minha mãe foi Mãe Pequena no Templo de Umbanda sete Flechas. Meu pai também trabalhava no templo, recebia o Sr. Exu Pedra Negra e o Caboclo Arranca-Toco. Minha Mãe trabalhava com a Cabocla Jussara e Sr. Exu do Lodo. Na verdade, isso já vem desde meu bisavô, que era adepto do Catimbó. Toda a minha família é de Alagoas, e essa ligação com a Espiritualidade já vem de lá, embora diferente do que encontramos por aqui. Naquela época as coisas eram mais veladas, existia perseguição e a questão do preconceito era bem mais acentuada. Hoje nós temos uma situação muito mais aberta e abrangente, com cursos, revistas, jornais e muitas escolas difundindo a religião. Diferente de hoje, os terreiros era realmente no fundo do quintal, às escondidas com medo de represarias.



E quando aconteceu o seu primeiro contato com a Espiritualidade, quando você começou a perceber a questão das vibrações espirituais?

Ortiz:O dirigente do templo, Pai Antônio, um Português por sinal, fez o meu batismo na Umbanda quando eu tinha nove meses em Agosto de 1970. Foi aí que se iniciou todo um processo religioso, que se acentuou a partir dos sete anos, quando eu comecei a ter visões, e tive a oportunidade de ver um índio na porta do meu quarto, e a partir deste momento começou todo um desenvolvimento mediúnico. Eu me sentia tomado pela força da Espiritualidade, ainda sem ter a devida noção por conta da idade, mas fui muito bem orientado por meus pais. Tenho certeza que nada é por acaso e que nossa família já veio com esse contexto direcionado pelo Alto para realizar um trabalho espiritual.



E quando você começou a dar passagem para as Entidades se manifestarem?

Ortiz:Meu desenvolvimento como médium se iniciou no bairro de Vila Formosa, em São Paulo, onde resido até hoje, no Templo Caboclo Guaracy, da Mãe Olga, que também fazia parte do Templo de Umbanda Pai Bernardino da Guiné, do Pai Carlos de Xangô, meu Avô de santo que tenho a oportunidade de recebê-lo sempre em minha casa. Foi ali que eu comecei o meu processo de desenvolvimento mediúnico. Com 14 anos dei continuidade em meu desenvolvimento no Terreiro de Umbanda Caboclo Pedra Preta e Mamãe Oxum, pelas mãos de minha mãe de Santo Inês de Oxum. A primeira Entidade que eu incorporei, nessa fase de desenvolvimento, foi o Exu Mangueira, que me deu toda a abertura para esse processo, depois veio o Preto-Velho Pai Guindo e o Caboclo da Lua Branca, que me acompanhou até os 19 anos e veio para fundamentar a religiosidade em minha vida.



Como foi a sua busca por informação, estudos?

Ortiz: Aos 19 anos, já fundamentado na religião de Umbanda e frequentando o Templo do Caboclo Pedra Preta e Mamãe Oxum, onde fui consagrado em 1994, aos 24 anos Pai Pequeno da Casa, e eu continuava a minha busca por conhecimento. Muita coisa eu busquei na Doutrina Espírita, através dos livros de Allan Kardec, e também busquei informações com outros sacerdotes sobre várias questões que eu tinha sobre o porquê da incorporação, do passe, do uso do fumo e da bebida dentro do ritual de Umbanda. Foi quando conheci Pai Juruá, do Templo da Estrela Azul, em São Caetano. Em 1999 ele estava ministrando um curso chamado Portal de Obaluaiê e fiz esse curso, além de cursos sobre Orixás e mediunidade. E foi assim que eu conheci o Pai Rubens Saraceni que, diferente de hoje, ainda ministrava o seu curso nos Templos de Umbanda, e eu o levei para dar aula no Templo do Caboclo Pedra Preta. Essa época foi muito importante para mim no que diz respeito ao conhecimento da Espiritualidade, porque eu sempre busquei conhecimento, e na questão literária eu conheci os livros de autores como Rivas Neto, assim como busquei no Rubens Saraceni e continuo buscando até hoje nos livros de outros irmãos escritores, sobre a religião de Umbanda.



E quando surgiu a questão dos Portais de Libertação?

Ortiz:Antes mesmo de ser apresentado ao Mistério Portais de Libertação por Mestre Strauss, como bom filho de Xangô, sempre fui uma pessoa muito ligado nas pedras e cristais e sempre estudei a questão metafísica dos elementos, que falam muito mais do que a gente imagina. E foi por meio das pedras que eu conheci as passagens dimensionais, isso em 1999. E então eu tive esse contato com o Mestre e fui apresentado aos Portais, e tive as iniciações com esse Mestre e com um Guardião chamado Garron.Mon.Lutan, que me passou as vibrações relacionadas aos Guardiões dos Portais. Passei a escrever os ensinos deste dois seres que se apresentaram em um momento luminoso de minha jornada.



E como foi partir daí para o ensino desses Mistérios dos Portais?

Ortiz: Como eu disse, sempre pesquisei muito sobre a utilização de elementos dentro de Mistérios Espirituais. Comecei a escrever sobre o tema dos Portais em 2000, quando gerei uma apostila sobre os Portais de Libertação com os ensinamentos para os médiuns que na época me acompanhavam, pois eu já estava me preparando para abrir a primeira casa, o primeiro templo de Umbanda. Foi passado pelos meus guias e pelos mestres dos Portais a importância de um trabalho universalista, ou ecumênico, que fosse de encontro com a necessidade de muitos irmãos dentro de outras religiões.



Nós sabemos que hoje você já tem representantes dos Portais de Libertação em outros países, como Portugal, Espanha e Canadá... Fale-nos um pouco sobre essa expansão.

Ortiz: Em 2003, a Espiritualidade me deu essa abertura para eu poder começar a ensinar, para fora da minha casa. Em 2005, tive o primeiro contato com pessoas da Europa, o Heldney Cals e o Santiago Lacerda e, em 2006, fui convidado para fazer as primeiras iniciações na cidade de Leiria, Portugal.Nessa época eu já estava com um trabalho grande de estudos aqui em São Paulo, que se iniciou no bairro de Vila Nova York e depois veio para o Shopping Chic, no Tatuapé, se fundamentando na região de Vila Formosa. Hoje, nosso trabalho é dividido em graus, em níveis e em módulos: Módulo I, quando a pessoa se torna um Servidor da Luz; Módulo II, quando se torna Sub-Regente e módulo III, quando a pessoa se torna um Regente dos Portais de Libertação, que é similar ao grau de Sacerdote. Só que existe os Graus de Regente Ministrante e o Grau de Mestre, que são estudos especiais dentro do mistério Portais de Libertação. Para se atingir o grau de Mestre existe um percurso de estudos, e é importante registrar aqui que é tudo baseado em uma literatura própria, indicada pelos nossos Mestres e Guardiões, que direcionam a abertura dos Portais, dentro desse Mistério que a gente já vem trazendo há alguns anos.



Você entende os Portais como sendo uma Ordem Iniciática?

Ortiz: O trabalho com os Portais é universalista, e abrange aspectos de todas as religiões, ou melhor, nós temos a abertura para falar sobre a Espiritualidade para qualquer pessoa, de qualquer religião. Isso está sendo indicado até pelas Entidades de Umbanda como um trabalho de desmistificação a questão da Espiritualidade num contexto geral. Então, o trabalhos dos Portais de Libertação age direcionando essas ações da Espiritualidade, como por exemplo, se uma pessoa tem a mediunidade relacionada ao aspecto umbandista, ela é orientada para buscar a própria religião de Umbanda. O trabalho dos Portais de Libertação, como Ordem Iniciática, vem para fundamentar uma força importante para qualquer ser humano em relação à mediunidade através de iniciações presenciais, então fundamenta-se como Ordem Iniciática.



Você tem agora a incumbência de planificar e divulgar o que seriam os Portais da Umbanda. Fale-nos sobre isso.

Ortiz: O Caboclo Ubiratan, que é o Pai da Casa, direcionou a abertura dos Portais na Umbanda, por meio de uma simbologia que nos foi apresentada e que será a bandeira do nosso trabalho, trazendo o Templo Portais de Umbanda. Assim como o Caboclo das Sete Encruzilhadas apresentou a Umbanda como uma religião baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo, é assim que eu aplico o trabalho dentro do nosso templo, na ação da prática da caridade e do Cristo revivido, dentro dos trabalhos existentes em um templo de Umbanda. E uma das coisas que eu defendo é o respeito em relação a todos os ensinamentos existentes e a todos o tipo de literatura umbandista, enfatizando a importância do trabalho de todas as pessoas que trabalham sob a Égide do Bem.



Essas várias visões da Umbanda, que muitos chamam de Sincretismo, não seriam vários Portais abertos para a percepção dos nossos irmãos umbandistas?

Ortiz: O nome Portais é muito forte, e demonstra esse lado universalista, esse lado do respeito sobre todo o tipo de manifestação espiritual voltada para a prática do Bem. A ação da Umbanda, relacionada com a ação dos Portais se volta exatamente para o respeito a todas as manifestações existentes e de todo o tipo de ensinamento. É o que estamos enfatizando e trabalhando, para que todos os umbandistas se respeitem em relação a essa questão da diversidade dentro da religião de Umbanda e também sobre outros trabalhos espirituais.



Como são os atendimentos públicos em seu Templo-Escola?

Ortiz: Nós temos dois tipos de trabalhos: um deles é esse trabalho com os Portais de Libertação, com um foco universalista, onde são aplicados passes energéticos, são feitas cirurgias espirituais e atendimentos voltados às características psicológicas de cada um. Isso se dá dentro do trabalho dos Portais e também nos trabalhos de Umbanda, com os atendimentos por meio dos Guias Espirituais que se manifestam para a prática da caridade.



Hoje você também está apresentando uma novidade, que são os DVDs com as aulas ministradas sobre os Portais de Libertação...

Ortiz: O DVD tem uma característica que é a de difundir o conhecimento, mostrar às pessoas que existe um conhecimento que elas podem buscar para o seu aprimoramento espiritual. Mas eu sempre digo que o aspecto iniciático deve ser presencial. O conhecimento você pode passar via DVD ou Internet, mas uma iniciação, uma ação onde a pessoa deverá receber um influxo espiritual, tendo um contato direto com as vibrações e as forças da Espiritualidade de forma muito dinâmica, é fundamental que o iniciado esteja presente. Existe uma ciência espiritual que deve ser respeitada sobre iniciação, é muito sério este procedimento, inclusive digo que as pessoas devem buscar conhecer bem o seu iniciador, este procedimento atua diretamente na vida.



Vamos falar agora sobre a editora Portais de Libertação.

Ortiz: A editora tem hoje nove títulos lançados, sendo um deles direcionado para as crianças e os jovens, que traz um aspecto importante sobre a Espiritualidade dos Portais. Em breve lançaremos o trabalho de uma escritora, a Inês de Oxum, com um livro sobre ensinamentos de Umbanda. Para o final de 2012, início de 2013, teremos o livro “Umbanda na Umbanda”, escrito por mim, enfatizando essa importância do universalismo espiritual da Umbanda e também fundamentando a força dos Portais de Umbanda, relacionada à parte religiosa da nossa casa. As vendas dos livros ainda são feitas de forma direta, via SEDEX, mas já existe o contato com algumas distribuidoras para que, em breve, os livros possam estar disponíveis também nas grandes livrarias.



Você também lançou, há algum tempo, um CD dos Portais de Libertação...

Ortiz: Essas músicas do CD são bênçãos recebidas do Astral, captadas pela Caroline Nascimento, que é cantora e que fez os arranjos todos do CD. Todos os nossos trabalhos de iniciação são feitos com as músicas do CD, que são a própria sintonia com os nossos Mestres e Guardiões dos Portais.



Qual o futuro para a Umbanda paulista e brasileira? O que falta para que a sociedade brasileira reconheça a nossa religião?

Ortiz: Posso dividir essa necessidade em dois fatos importantes: Primeiro, nós precisamos de ícones religiosos umbandistas, que respeitem todas as vertentes e que possam ser grandes exemplos dentro da questão espiritual da Umbanda, acima de qualquer interesse social ou político. Segundo, hoje nós vemos a necessidade da Umbanda se organizar politicamente, e eu me manifesto, desde já, que estarei dando a minha colaboração, politicamente, para a Umbanda. Eu acredito que, quando um sacerdote umbandista estiver inserido no contexto político da sociedade, ele será capaz de moralizar a questão político. Esse aspecto político é muito importante para nós conseguirmos qualquer tipo de ação ou para defendermos aquilo que necessitamos dentro do nosso meio religioso. Encontrando um verdadeiro sacerdote religioso de Umbanda, que não tenha tendências ou não esteja ligado a grupos de interesses pessoais, que esteja propenso a trabalhar realmente em prol da religião, nós teremos outro enfoque e conseguiremos mostrar para toda a sociedade a importância da religião de Umbanda.



Em 1969 nasce Ortiz Belo de Souza

Em 1970 é batizado pelo Caboclo Sete Flechas

Em 1977 inicia sua trajetória como Médium no Templo Caboclo Guaracy

Em 1984 entra no Templo Caboclo Pedra Preta e faz seu desenvolvimento mediúnico

Em 1988 faz sua primeira obrigação como ponteiro do terreiro

Em 1994 se torna Pai pequeno no Templo Caboclo Pedra Preta e Mamão Oxum

Em 1999 faz estudos de Umbanda no Templo Estrela Azul com Pai Juruá

Em 1999 inicia o contato com as passagens dimensionais, os Portais.

Em 1999 inicia-se com o Mestre Rubens Saraceni

Em 2000 começa as iniciações do Ortiz perante Os Mestres Strauss e Garron.Mon.Lutan

Em 2001 escreve o livro Portais de Libertação

Em 2001 abre o Templo Ordem dos Filhos de Aruanda

Em 2003 inicia-se as iniciações dos Portais para pessoas fora do Templo

Em 2005 inicia trabalho dos Portais de Libertação no Shopping Chic

Em 2005/2006/2007 realiza o Evento “A Caminho do Centenário” no Shopping Chic

Em 2006 vai para Portugal e inicia o trabalho na Europa

Em 2007 funda o Templo Portais de Libertação em Leiria -Portugal

Em 2008 funda o Templo Portais de Libertação em São Paulo

Em 2008 funda a Editora Portais de Libertação

Em 2008 apresenta o Evento 100 anos de Umbanda

Em 2009 inicia Regentes Iniciadores e espalha o ensino na Grande São Paulo e outros Estados

Em 2009 apresenta o Festival de Umbanda

Em 2010 apresenta o Festival de Umbanda

Em 2010 o ensino dos Portais de Libertação chega ao Canadá

Em 2011 é Fundado o Templo Escola Portais de Umbanda

Em 2011 é Fundado a Federação Paulista das Ordens Iniciáticas

Em 2012 é dado início ao "Movimento Político Umbandista"
 


2 comentários:

  1. Uma hitória de vida voltada para a espiritualidade.... o caminho desse Sacerdote reflete a humildade e a lealdade com a espiritualidade. Sacerdote, que posso chamar de "Pai" que nos ensina todo o tempo e o tempo todo a importância de uma vida espiritual voltada para a caridade e a importancia de entender a genese de Deus dentro de cada religião. Eu faço parte do Templo Portais de Umbanda.
    Fabiana França

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  2. QUERIDO ORTIZ, PARABENS PELO SEU BELO TRABALHO. APRECIO MUITO A SUA PERFORMANCE. QUE DEUS TE ILUMINE SEMPRE. JORGE BRAUNE PRESIDENTE DO FRATER E DO TESACAUE

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