A utilização de ervas para banhos é um dos fundamentos da religião de Umbanda, bem como o uso para preparos importantes aos iniciados na religião, assim como para o preparo do médium que, no exercício da mediunidade, passa a estar em comunhão com os seus Orixás.
As ervas possuem vibrações distintas e entram em sintonia com o padrão mediúnico do Iniciado, formando um campo de proteção e elevação espiritual. O banho de ervas é necessário antes dos trabalhos espirituais, bem como em dias onde é preciso que se esteja em conexão direta com os Sagrados Orixás.
As ervas são utilizadas também nos assistidos, que recebem as orientações dentro das giras espirituais.
A utilização ocorre em uma infinidade de situações. Os banhos devem ser passados com critérios importantes, cuidado e bom senso, ressaltando que a utilização de ervas sem a devida sabedoria pode causar sérios problemas espirituais e para a saúde. Só médiuns devidamente preparados podem passar banhos aos assistidos bem como aos filhos de santo.
Como se preparam os banhos de ervas.
O preparo geralmente é feito através de infusão, mas, dependendo do caso, é passada a orientação de se fazer o banho macerado, com uma vela acesa ao lado, realizando orações e mentalizando-se o propósito do banho. Dentro do Templo Portais de Umbanda também é realizado o banho com as ervas imergidas em álcool de cereal, onde estas ficam por 21 dias descansando, e só após este período pode-se misturar a essência com água para o banho. Os banhos com ervas chamadas “ervas de iniciação” podem ser feitos da cabeça aos pés, lembrando-se que é no Ori onde ficam as ligações espirituais com os Orixás, sendo fundamental este tipo de banho. Só não banha-se a cabeça com ervas de Exús e de Pombagiras, sendo que, neste caso, o banho é feito dos ombros para baixo.
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